Wednesday 13 August 2008

O




Porque mereci, porque Lhe apeteceu ou muito simplesmente, porque sim. Esfrega-te, cabra. Masturbar-me suaviza a dor de ser enrabada a frio. A dor e o outro prazer, em simultâneo. O meu cérebro processa esta associação, mais uma vez. O meu Dono fala comigo, comanda o meu prazer, doseia-o. As Suas palavras tem um efeito brutal sobre mim. O meu corpo ferve, deixo de ter noção de tempo, de espaço. Tudo o mais à minha volta deixa de existir cristalizados num ponto, eu e o meu Dono. Tudo o resto desaparece à medida que o prazer se adensa.

O meu Dono faz-me aguentar, suster o orgasmo iminente. Sinto-o dentro de mim, num refluxo que tenho que conter, o resultado acumulado de todas as vezes que me toquei sem me deixar vir, como o Dono quer. Sinto-me naquele ponto de ultra sensibilidade que precede os momentos memoráveis. Sinto-me caminhar na beira do abismo.

À voz do meu Dono, o meu corpo obedece, liberta o prazer tanto tempo contido. Venho-me em queda livre, sacudida em todas as direcções. Não é o simples prazer da carne, que me irradia do centro do corpo em ondas espasmódicas, ritmadas, é um prazer que transcende o físico, que me entorpece a mente como uma droga. É inevitável chorar quando me venho assim. Dedico silenciosamente este prazer ao meu Dono.

Obrigada meu Senhor, meu Dono, por me conceder momentos como este.


1 comment:

Unknown said...

Isto é que é sincronia! Ah! !Meu corpo ferve" achei excitante!
beijos querida.