A prática de dog-play não é desprovida de senso. Para além de toda a carga simbólica que detem posturas como andar de quatro, comer numa tigela no chão, ser afagada como um animal de estimação e da simbologia fortíssima da coleira, há muito mais por detrás desta inteligente associação.
Na verdade uma escrava tem muito em comum com uma cadela. É fiel ao dono e mantem com ele uma ligação eterna, desinteressada e profundamente submissa. Capaz de sobreviver por si só como espécie e como indivíduo, é no entanto na relação com o dono que encontra a realização suprema. Basta observar a reacção de uma cadela quando o dono se ausenta, mesmo que por períodos curtos de tempo : quando não chora, mantem-se determinada junto à porta por onde sabe que o dono vai entrar e consegue senti-lo muito antes dele chegar, muitas vezes a distâncias impossíveis de percepcionar pelo faro, pela visão ou audição. Há de facto um laço subtil entre cadela e dono que os mantem ligados apesar da distância física.
Mas uma das facetas mais fascinantes da interacção da cadela com o dono é a capacidade de aprendizagem. Uma cadela é capaz de aprender um sem-número de habilidades com o objectivo único de agradar ao dono. Com alguma paciência e treino a cadela é capaz de aprender coisas surpreendentes.
O meu Dono anda a ensinar-me novas habilidades. Ele sabe que eu sou capaz de fazer exactamente aquilo que Ele quer que eu faça. Que sou capaz de melhorar as minhas performances. Que sou capaz de me ultrapassar, de me transcender, ir cada vez mais longe e mais fundo. Só para Lhe dar prazer.
No comments:
Post a Comment