Thursday 31 January 2008

INAUGURAÇÃO



Meu Dono, posso ir mijar? Não. Continuei pois, semi-nua e ajoelhada aos pés do meu Dono, a fazer uma das coisas que mais gosto, venerar-Lhe o sexo num broche interminável. Levanta-te. Teria mudado de ideias, apenas uns segundos depois? Levantei-me como se tivesse uma mola. Ali, no centro do tapete. Devo ter empalidecido. Abre as pernas. Empalideci, de certeza. Mija aí. Mas eu tinha vontade de mijar? Eu, aquela pessoa paralisada no meio da sala? Não assim, não semi-vestida, não em cima do tapete berbere que me custou os olhos da cara...não??? O meu Dono não dá a mínima atenção aos meus pensamentos. Estás a demorar muito... A vaga ideia de estar a contrariar o meu Dono, o risco de O ver sair pela porta sem uma palavra, teria sido isso? A minha condição de escrava. O poder autêntico do meu Dono. Um fiinho, apenas. Isso, mija-te toda, como uma porca que és. Depois um jorro, quente, farto pelas pernas abaixo. Como uma bolsa de água que se rompe. As botas a encher, a transbordar, a mancha a alastrar sobre o tapete colorido. Teria ficado lá imóvel, a arrefecer, mas não. Está inaugurado o escritório. Volta para aqui. Ajoelha-te. Continua a chupar.


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