Friday 17 August 2007

BRUTAL PASSION


-Vai buscar-me aquilo.
Estiquei-me nas pontas dos pés descalços e alcancei uma taça larga de vidro grosso, no cimo da estante.
-Aí, no chão - o meu Dono apontou um ponto da sala em frente ao sofá onde estava sentado - Agora agacha-te. Mija.
De pernas abertas, acocorada sobre a taça, primeiro em jactos transparentes e desordenados que depois se canalizaram num só jorro mais abundante e preciso, mijei para dentro do vaso. O som do líquido contra o vidro da taça tomou aos meus ouvidos proporções desmesuradas.
- Gosto de ver cadelas a mijar - O meu Dono pareceu-me satisfeito.
- Podes ir limpar-te.
De volta à sala, segundos mais tarde, o meu Dono agarrou-me súbitamente e atirou-me para o chão. - Vou dar-te razões para não esqueceres o Dono durante as férias - como se fosse preciso...
De pernas escancaradas, exposta, esperava sem compreender.
Cigarro numa mão, com a outra o meu Dono agarrou-me brutalmente a púbis.
Apertou, torceu, beliscou, repuxou.
O Seu olhar transfigurava-se.
Sem dó nem piedade, arranhou-me, esticou-me os lábios, trilhou-me o clitóris entre os dedos.
Eu contorcia-me de dor e tentava conter os gritos que me saíam distorcidos e guturais.
- És uma fraca, olha para ti!...Incompetente!
Eu tinha escorregado e esmagava-me agora contra um canto da parede como se quisesse atravessá-la. Mas não tinha mais para onde recuar.
O meu Dono aproximou o cigarro, devagar. Senti o calor aumentar até ficar quase insuportável. Debati-me um pouco, mas o meu Dono prendeu-me os braços com a mão e manteve as minhas pernas abertas entaladas entre as Suas próprias pernas.
Vi um fio de fumo a sair. Cheirou-me a pele queimada. As lágrimas escorriam-me descontroladas.
- Fraca...Não prestas para nada.
O meu Dono levantou-se, mandou-me segui-Lo.
Pus-me de pé como pude. A minha rata estava dorida, inchada, massacrada. Sentia-a latejar.
- Agora vais-me satisfazer - o meu Dono deixou-se cair nu sobre a cama - Depois, vais dormir para o chão, não mereces dormir com o Dono na cama.
Dediquei-me inteiramente a dar prazer ao meu Dono até sentir-Lhe a respiração funda de quem resvala para o sono.
Depois, como uma cadela zelosa, deitei-me no chão ao lado da cama, e com o cansaço a vencer a dor e o desconforto, nem dei conta de adormecer.
Quando o dia começou a entrar pela janela aberta, senti o meu Dono inclinar-se sobre mim.
- O Dono quer-te na cama, agora.
Feliz por poder estar junto ao meu Dono, saltei para junto Dele como se tivesse uma mola.
- Não disseste a safe-word...
Sorri.

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