Uma escrava só vive em pleno a sua submissão quando encontra O Dono.
Tal como uma peça de um puzzle que por muito que se tente, só encaixa no sítio certo, também a escrava tem que encontrar o Dono certo para se poder sentir completa.
E se há quem encontre à primeira, há também quem tente encaixar-se em sítios onde não cabe, ou cujos contornos não coincidem com os seus. À primeira vista até parece ser aquele, mas assim que se encosta de um lado, percebe-se que o outro não se ajusta. E não adianta tentar encolher-se, moldar-se, adaptar-se, nunca aquela peça será a peça que faltava.
Porém, quando a peça desliza para o espaço vazio inequívoca como uma água que corre para o mar, quando todos os lados se alinham, se ajustam e se completam para formar o desenho final, não há margem para dúvida.
É O DONO.
E quando isso se reconhece no primeiro olhar superior, na primeira palavra autoritária, no primeiro silêncio castigador, no primeiro gesto brusco, na primeira sova, no primeiro insulto, a submissão transborda como líquido em efervescência, emana calor como raios de um sol verde.
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